quinta-feira, 9 de maio de 2013

crônica

CINÉSIA

Cinésia surgiu quando eu ainda tinha apenas um filho.

Precisava de alguém que me ajudasse um pouco e que fosse apenas honesta, mais nada....

Ela era alegre, às vezes até um pouco demais...

Ajudava a limpar a casa, regar plantinhas, lavar louça e roupa.

E foi nesta última tarefa, que ocorreu o inusitado...

Sai com o meu filhote para um passeio e um bom banho de sol.

Ao voltar, encontrei a casa toda cheirosa, janelas abertas, banheiros areados, louças lavadas e roupas lavadas e já na "corda", conforme Cinésia dizia.

Elogiei seu trabalho e ela fez um comentário que me deixou intrigada:

"Nossa, vocês pagam tão caro por essas fraldas e (apontando para o varal) olha só que porcarias, se desfazem todas quando se lava."

Quando eu vi aquelas fraldas descartáveis estraçalhadas, penduradas no varal.... pensei logo naquela alegria toda que Cinésia emanava e prometi a mim mesma, que a próxima secretária não bastaria ser honesta....

Por fim, eu ainda assustada com tudo ao meu redor.... chega meu pai para ver seu neto....

Conto toda a estória a ele, que me consola dizendo assim:

"É, pode não ser muito certa, mas que é econômica... é.."

(Márcia Mendonça Ruhland)







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