terça-feira, 23 de abril de 2013

dica


Biscoito ou Bolacha



Bolacha ou Biscoito? A diferença entre os termos está na maneira do preparo. Ambos são feitos com massa de farinha de qualquer cereal, com ou sem açúcar, gordura ou levedura. Normalmente as bolachas são secas, enquanto os biscoitos podem ser secos ou úmidos. Apesar da pluralidade em seus formatos, as bolachas distinguem-se dos biscoitos por estes raramente serem planos.

Na época em que os homens viviam em cavernas, comiam grãos triturados com os dentes. Uma mente brilhante teve a idéia de moê-los com pedra, misturar água e secá-los no fogo por duas vezes, com o objetivo de conservá-los por mais tempo. Biscoito foi o nome dado a esse pão, crocante e quebradiço. 

A origem da palavra biscoito está em duas palavras francesas: "bis" e "coctus", que significam cozido duas vezes. 
Segundo historiadores, os gregos juntaram mel (uma vez que o açúcar ainda não era conhecido), leite e canela à receita do pão egípcio, criando assim biscoitos deliciosos. Na época, o especialista em fabricar biscoitos era em geral um escravo, e a receita era passada de geração em geração entre eles. O especialista em biscoitos era considerado um escravo de luxo: podia ser comprado, alugado ou tomado à força, dependendo de sua habilidade.

Os romanos contribuíram, projetando e construindo fornos, tornando assim os biscoitos mais crocantes. 

Os árabes, mestres na arte de combinar ingredientes e especiarias, traziam consigo enormes potes de barro com biscoitos, no momento da invasão da Península Ibérica.

Na época dos grandes descobrimentos e das sofridas viagens marítimas, os biscoitos eram a base da alimentação dos marinheiros das caravelas. Sua consistência era extremamente dura, para que durassem meses e para saboreá-los era preciso molhá-los na sopa ou no chá. 

O biscoito começou a tornar-se popular na Europa em meados do século XVII, quando adicionaram essências, chocolate ou chás, para criar novos sabores e estimular sua venda. Com as novas criações houve um súbito crescimento no comércio de biscoitos, o que fez com que novos métodos de fabricação fossem criados. Era o inicio de sua industrialização.

Dos países europeus, a Inglaterra destacou-se mundialmente na fabricação de biscoito. Era um dos grandes produtores, fabricava vários tipos muito saborosos e procurados. Com a grande procura, começou a exportar o produto para suas colônias, chegando aos Estados Unidos. 

A princípio, os Estados Unidos não tinham equipamentos necessários para fabricá-los e ao perceber a possibilidade de crescimento econômico neste setor, instalaram rapidamente suas industrias de biscoito. Estava assim determinado o declínio das importações de biscoitos ingleses e o início da indústria norte-americana no segmento. Seu crescimento se fez de forma acelerada e até o nome 'biscuit' foi substituído por 'cookies'.

O mais famoso dos biscoitos foi criado em 1874, para comemorar as bodas da duquesa Maria Alexandrovna da Rússia com o Duque de Edimburgo. O casamento foi realizado em 23 de Janeiro de 1874. A cerimônia foi realizada no palácio de inverno em São Petersburgo. Para comemorar a ocasião, uma pequena padaria inglesa criou o hoje internacionalmente conhecido biscoito Maria, com o nome da Grã-Duquesa escrito sobre ele. O casamento, no entanto, não foi feliz, e a esposa era vista pela sociedade de Londres como arrogante.
O biscoito Maria na sua saga pela Europa tornou-se parte integrante da cultura nacional espanhola. Durante os anos da guerra civil, a Espanha mergulhou em uma pobreza profunda. Quando a guerra terminou em 1939 a prioridade era que cada cidadão tivesse pão suficiente. Dedicaram-se à lavoura do trigo e as colheitas foram abundantes. Com os excedentes de trigo os padeiros despejaram no mercado grandes quantidades de caixas de biscoito Maria. Foi considerado símbolo da prosperidade na economia e sinal da recuperação do país.
Atualmente contamos com uma enorme diversidade de biscoitos, entre doces e salgados, com uma indústria altamente especializada, e um total controle de qualidade. Seu mercado está dentro de um processo de sofisticação e desenvolvimento.

Presentear com biscoitos dá um toque de elegância.

crônica

Ao casal, nas bodas de ouro (20/09/2006)

Boa noite,

Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a todos os presentes, familiares e amigos, que, em plena quarta-feira à noite, estão aqui conosco para festejarmos os 50 anos de casados de nossos pais.

Agora, falando a voces, pai e mãe:

Realmente, é uma marca admirável..... Que a felicidade, o amor e o respeito entre vocês possam ser contagiantes a todos os casais do mundo!

Ouro é o metal escolhido para simbolizar uma convivência feliz e construtiva como a de vocês, porque todos os que convivem com o casal maravilhoso que vocês formam percebem a riqueza desse amor dedicado que sempre tiveram, um em relação ao outro.
A felicidade que esse amor de meio século irradia é algo muito maior, pois nota-se que foi construída no dia-a-dia, com base num esforço solidário e comum de enfrentar, com esperança e dignidade, as dificuldades que surgem naturalmente, ao longo de uma convivência tão extensa.... E vocês transmitem sempre a esperança e a coragem!

Nesta data feliz, fica evidente que vocês sempre exerceram a tolerância mútua, sempre tiveram o cuidado de discutirem suas angústias, incertezas e desesperos, souberam transformar os obstáculos do caminho em pedras preciosas e, o que fica muito claro, é que vocês exerceram o amor em sua forma mais plena, pura e bela!
Por isso, vocês são um exemplo de união, exemplos de vida!

Foi em 1950 que tudo aconteceu.... e aqui temos duas versões......
Segundo o pai, a primeira vez que ele viu a mãe foi na esquina da Rua Deodoro...
Conta a mãe, que a primeira vez que o viu, foi na Praça Quinze, em frente à Catedral....
Podemos concluir que.... ou o pai viu primeiro a mãe, sem que ela o percebesse, ou a mãe viu o pai sem que ele a
notasse.... ou ambos não se lembram bem quando se viram pela primeira vez..... fico com essa última hipótese....
Contudo, trata-se tão-somente de um pequeno detalhe .....

HEDI e HURI. Nomes com apenas 4 letras... começando em H e terminando em I.
É muita coincidência......
Dizem que as pessoas que têm essa inicial são sensíveis, têm disposição para o trabalho e são voltadas para a familia e a religião.
HEDI – vem do grego – e significa suave, agradável..... e é exatamente o que ela é.....
HURI – COM “H” E TERMINANDO EM “I”.... só na bíblia..... e parece que é nome feminino.... as huri....

O que se sabe é que duas vidas há 56 anos se encontraram, se olharam e desse olhar nasceu um grande amor. Se escolheram, prometendo amor, e desse amor nasceu uma união de respeito e dedicação.
Assim teve início a história de voces dois!

Cinquenta anos de união completam, hoje, e muito caminhos percorridos, caminhos esses que, com certeza, nem sempre foram fáceis e serenos, mas que voces decidiram percorrer juntos.....
Com muito amor construíram coisas belas e passaram a ver o mundo a dois.

Depois, nasceram os filhos: Lilian, Márcia e Fernando.
Quanto ao pai, podemos recordar aquela figura, sempre de branco, nos intermináveis plantões, da constante energia e alegria, sua coleção de gálaxies, as compras gigantescas de frutas, o nosso porto seguro... sem esquecer..... suas tentativas de contar as piadinhas mais sem graças do mundo....

Em relação à mãe, aquela dona do lar, linda, doce, nos finais de semana adotava um avental na cozinha e aquele cheiro de algo muito saboroso, assado no forno, começava a cheirar.... as quadrinhas feitas e recitadas a cada evento familiar, aquela imensa mesa e os lanches, à tarde, com o pão quentinho da Padaria Foguinho, sua delicadeza e carinho com todos, suas preocupações nas madrugadas infinitas..... e ela firme e forte na janela da Av. Hercílio Luz nos esperando..... eu e o Fernando, é claro, porque a Lilian, com certeza, já havia chegado...

O ritual das sextas-feiras, o cheiro da casa, misto de cera pós-faxina com o aroma das flores: palmas brancas e vermelhas, compradas na floricultura da Praça Quinze e espalhadas pelos diversos vasos da sala.

Nossa família, as viagens nas férias, a coragem de realizar as grandes viagens ao exterior – NOSSA HERANÇA - o verão em Cacupé, a lancha, o esqui, os passeios....

Depois vieram os netos: Guilherme, Felipe, Leonardo, Leandro, Bárbara, Daniel e Lucas.

O que vemos em voces é vida, é paz, e é, sobretudo, felicidade para nós e para todos os que os acompanham nessa caminhada.

Contemplando vocês, sob a vidraça do tempo, conseguimos ver a beleza, em toda a sua plenitude. Dois seres, companheiros de uma mesma jornada, confidentes de todas as alegrias e sofrimentos e amigos de todas as horas.

Nós, filhos e netos, e mais os que ainda virão por aí ..... agradecemos a vocês esse viver ternura, esse respirar felicidade, esse aprender serenidade, esse existir intenso, esse amar pra sempre, mesmo diante dos duros golpes que a vida lhes surpreendeu.

Juntos, pedimos a DEUS que os abençoe e O agradecemos por nos permitir sermos frutos desse amor de aproximadamente 432.000 horas e 18.000 dias.
Ainda, nossa homenagem a todos aqueles da família, que hoje nos assitem sob outro ângulo, e que, com certeza do céu estão iluminando a noite de hoje:
Eduardo (nosso irmão-anjo), vô Mendonça, vó Mariquinha, tia Aida, tia Ida, tio Fernandino, tio Jamblico, tio David, Sandra, vô João, vó Olga, tio Hélio, tio Norberto e Hélio....

Por fim, cabe lembrar que só mesmo quem ama consegue celebrar meio século de vida em comum
Mais uma vez, parabéns aos dois e obrigada por serem nossos pais!
(Márcia Mendonça Ruhland)

foto

Minha querida amiga Rosa, com seu iluminado amigo Luiz Henrique

poesia

Infinitivo


Esperar um milagre na qualidade de sorte

Desejar a felicidade na plenitude da consciência

Supor a longevitude do tempo

Presumir a determinação no que prescinde

Ser gestante...


Considerar a característica nas congratulações

Contar a espera como a recuperação

Torcer para que o desejável seja infinito

Aguardar e não desistir do jogo

Ser humano...


Ter coragem, sem base em indícios

Conjecturar o estar e o ser provável

Imaginar a realização de algo no futuro

Reservar o destino à espera promissora

Ser mutante...


Efetuar o que se tem por certo

Ter esperança no além do agir

Esperar as visitas na porta da entrada

Voltar logo após tomar decisões

Ser feliz...

(Márcia Mendonça Ruhland - achei no computador, sem data)

saudades