sábado, 30 de março de 2013

poesia



Perdas


por Marcia Mendonça Ruhland (Notas) em Sábado, 20 de 

agosto de 2011 às 17:58
Choro pelo aniquilamento;
Grito pelo efeito de ter perdido;
Reclamo pelo fato de ser derrotada;
Padeço o ato de não ser bem sucedida;
Ruína me faço.

Berro pelo fato de ser impedida de ganhar;
Luto contra o sentimento da grande perda;
Perco a condição, na qual não há sustentação moral, espiritual ou religiosa;
Privação é meu nome.

Extravio a pessoa que eu era;
A destruição me envolve sedutoramente;
A apreensão me chama;
Me falta a produção;
Eu sou o próprio prejuízo.

Diminuo o valor do meu patrimônio;
A morte conversa comigo;
O falecimento é meu melhor amigo;
Sinto o decréscimo;
Qual a causa?
A demanda.

Acompanho a circunstância;
Minha condição é sustentável;
A particularidade acompanha o fato;
A situação é problemática e de grande repercussão;
Prazer, eu sou a consequência.

Em torno do acontecimento está a minha pessoa;
Componho uma situação problemática;
É grande a desordem;
Me invade a confusão;
Não quero briga com a vida;
Eu sou a própria narrativa.

A vida agora em desordem;
Dela, faço anedota;
Mas, há um sério desacordo;
Há desavença,
Desentendimento;
Porque eu sou a entidade do meu pensamemto.
(Márcia Mendonça Ruhland)

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